domingo, 18 de março de 2007

Diário da Araucária, 18 de março de 2007

Esta semana tivemos muitas noticias circulando de que Marina Silva continua como Ministra do Meio Ambiente. Isto é algo bom apesar de sabermos das pressões contrárias existentes, principalmente, por conta do embate para implantação dos ditos "grandes projetos para o desenvolvimento do nosso país".

Sabemos, com certeza, de que este segundo mandato será de maior desafio ainda para a Ministra mas suas palavras de que "eu me alimento de fé, determinação e desafios" (Jornal Folha de São Paulo, 7 de janeiro de 2007) deixam transparecer um pouco dessa mulher extraordinária e, que teremos muito a ganhar com a sua permanência.

Marina tem se comprometido com a preservação da Floresta com Araucária, estimulando a criação de novas áreas para sua proteção bem como apoiado- através da Diretoria de Proteção do IBAMA- a realização de operações de fiscalização na região sul.

Mas apesar dos avanços é preciso mais...precisamos nos deixar tocar por uma energia de vida, pulsante , para alimentar a nossa fé e guiar os nossos passos em direção ao que é preciso ser feito: é preciso "pensar" um grande projeto de conservação na região sul, é preciso instituir um serviço de inteligência no combate ao crime ambiental.

Precisamos fomentar parcerias, tecer laços mais permanentes em torno do objeto comum de nosso desejo , se é que assim posso chamar , esse comprometimento com a conservação ( que admite uso sustentável) e com a preservação (intocável) do pouco que resta dessas nossas Reservas Ambientais que alimentam o nosso imaginário e sem as quais não podemos sobreviver.
Semana passada tivemos mais noticias sobre a continuidade do processo de desmatamento em Santa Catarina (http://blogdoplaneta.globolog.com.br/).
Nesta semana, aqui no Paraná a empresa Berneck foi autuada pelo Instituto Ambiental do Paraná, pelo corte de mais de 13 mil árvores incluindo araucárias, no munícípio da Lapa.Árvores em estágio médio de sucessão.

Então ... é nesse movimento, que ora elaboro, que procuro ter acesso à dimensão dessa história que nos vem do passado e que incessantemente não para de se inscrever: os desmatamentos e aquilo que representam, algo do discurso social que ainda não está BEM DITO.
É preciso mais do que foi feito... é preciso nos superar na proteção dos últimos remanescentes da Araucária.
Tempo de pensar!

Nenhum comentário: